Artigo Anais IV CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O ESTÁGIO DOCENTE SOB A PERSPECTIVA DAS PROFESSORAS FORMADORAS: UMA ANÁLISE DOS RECURSOS INTERPESSOAIS EM UMA AVALIAÇÃO DE PROVA DE AULA

Palavra-chaves: FORMAÇÃO DE PROFESSORES, ESTÁGIO SUPERVISIONADO, PROVA DE AULA, LINGUÍSTICA SISTÊMICO FUNCIONAL Comunicação Oral (CO) GT 01 - Formação de Professores
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Publicado em 19 de dezembro de 2017

Resumo

Inserida na interface entre as áreas de Linguística Aplicada e Formação de Professores (Moita Lopes, 2013; Halu, 2014), esta pesquisa tem como objetivo investigar o processo decisório da nota do estágio supervisionado em que professoras orientadoras constroem discursivamente a avaliação de uma licencianda após a apresentação de sua prova de aula, momento ainda pouco estudado. De forma mais precisa, buscamos entendimentos sobre a negociação de significados entre as professoras da universidade e da escola, tentando identificar que argumentações e que estratégias são mobilizadas para avaliar o processo de estágio e a aluna e entrar em acordo sobre a sua nota. O arcabouço teórico metodológico baseia-se nos pressupostos da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2014), especialmente no subsistema de engajamento, dentro do Sistema de Avaliatividade (MARTIN e WHITE, 2005), em conjunto com os pressupostos da Análise da Conversa (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON, 2003) a partir de uma abordagem qualitativa de cunho interpretativista (DENZIN e LINCOLN, 2006). Para tanto, da conversa entre as professoras, gravada em áudio e transcrita, destacamos quatro trechos para atingirmos os objetivos deste estudo. Os resultados sugerem que as professoras constroem sua argumentação de forma a defender posições divergentes e utilizam de recursos avaliativos não só para examinar a aula ou o estágio em si, a aluna e suas ações, mas também encontramos muitas instâncias de engajamento (VIAN JR., 2011) para defender seus posicionamentos, uma delas fundamentando-se na emoção e buscando pontos de concordância, e a outra usando mais recursos de contração dialógica. Além disso, é possível perceber uma grande desigualdade de poder entre os participantes na negociação, o que, a princípio, não deveria existir o u, ao menos, ser menos evidente.

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