A pecuária tocantinense estima 8,2 milhões de bovinos e 271 mil suínos, a crescente demanda por alimentos derivados elevam a produção desses animais, consequentemente, aumenta a geração de dejetos, que muitas vezes, são lançados diretamente em rios e mananciais, fato este que remete aos órgãos de controle ambiental, classificarem as atividades como “potencialmente causadora de degradação ambiental”. Nesse sentido vem a implantação de técnicas voltadas para a minimização de impactos ambientais e à racionalização do aproveitamento dos resíduos para gerar energia através de utilização de biodigestores. O biodigestor é uma câmara fechada onde os dejetos animais, em solução aquosa, sofre decomposição: gerando o biogás. O biogás é um combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural podendo ser utilizado para transformar em energia elétrica, térmica ou mecânica a ser aproveitada na propriedade rural. Através de pesquisa exploratória e revisão literária, foram feitas um levantamento do quantitativo de bovinos e suínos criados no Estado do Tocantins, com a quantidade de dejetos que é produzida diariamente, e com isso, estimarem o potencial de energia que essas atividades podem gerar, através de cálculos de conversão de dejetos para biogás. A cada 1 m³ de resíduos pode-se gerar de 0,35 a 0,60 m³ de biogás, ou seja, com dejetos das duas atividades podemos converter de 976m³ de resíduos para 585m³ de biogás por dia, o que torna evidente o potencial de geração de biogás diário. O objetivo desse trabalho é mostrar o potencial de produtividade de biogás advindo de dejetos das bovinoculturas e suinoculturas do Estado do Tocantins.