Artigo Anais IV CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A PRÁTICA PEDAGÓGICA TRANSDISCIPLINAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA SALA DE AULA COM ADOLESCENTES-JOVENS EM PROCESSO DE AUTOMUTILAÇÃO

Palavra-chaves: PRÁTICA PEDAGÓGICA, ADOLESCENTES-JOVENS, AUTOMUTILAÇÃO Pôster (PO) GT 01 - Formação de Professores
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Publicado em 19 de dezembro de 2017

Resumo

Esse projeto de pesquisa tem como tema a prática pedagógica transdisciplinar e sua importância para a sala de aula com adolescentes-jovens em processo de automutilação. O objetivo é investigar a importância de uma prática pedagógica transdisciplinar quando da identificação de casos de automutilação em/com adolescentes-jovens. As categorias de análises para a referida investigação serão a prática pedagógica disciplinar e transdisciplinar, adolescentes-jovens e a automutilação. A prática pedagógica disciplinar firma-se em princípios do século XIX. Desde então, o conhecimento passou a ser entendido como conteúdo a ser transferido aos alunos. Nessa perspectiva, o conhecimento foi dividido em áreas de conhecimento, em cursos; e estes, divididos em disciplinas. A transdisciplinaridade questiona a disciplinaridade uma vez que se vive um processo de globalização, exigindo-se novas formas de se posicionar no mundo. Morais (2015) aponta “a urgência de uma mudança paradigmática em relação aos processos de construção do conhecimento e a reorganização do saber” (p. 5). Quanto à categoria adolescente-jovem, busca-se compreender o que significa ser jovem. Para Dayrell (2003) existem diversas concepções que distorcem a realidade da condição juvenil. Em suas pesquisas com jovens das camadas populares constatou que eles constroem determinados modos de ser jovem, não havendo um modo único. Afirma que “é nesse sentido que enfatizamos a noção de juventudes, no plural, para enfatizar a diversidade de modos de ser jovem existentes” (p. 42). Trazemos Bauman (2013) na perspectiva de compreender o que é ser jovem na “modernidade líquida”. Para ele os jovens estão imersos em uma sociedade de consumo. É categórico ao afirmar que para o jovem, o mundo se apresenta “inflexível, inóspito e pouco atraente, o mundo da degradação dos valores, da desvalorização dos méritos obtidos, das portas fechadas, da volatilidade dos empregos e da obstinação do desemprego” (p. 45). A automutilação são processos em que os jovens, para reduzir emoções negativas como, tensão, tristeza ou na tentativa de resolução de dificuldade interpessoal, chamar atenção, se utiliza de objetos cortantes variados [...] para fazer cortes superficiais em braços, mãos, peitos, locais de difícil acesso de visualização. Pode ainda bater cabeça contra parede, jogar-se contra porta de vidro, esbofetear o rosto. Não há associação de abuso de álcool ou drogas durante os incidentes de automutilação. A metodologia para essa investigação terá abordagem qualitativa cujo método será a pesquisa-ação. Esta se desdobrará em técnicas de coleta de dados, que são: as observações exploratória e participante, entrevistas semiestruturadas e rodas de diálogos. Para análise dos dados coletados será realizada análise de conteúdo. O locus de investigação será uma escola pública da rede estadual de ensino e os sujeitos serão os professores de uma turma do primeiro ano do ensino médio. Trata-se de uma pesquisa em processo, mas que já tem definidos o locus e os sujeitos da pesquisa.

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