O presente trabalho é oriundo dos estudos realizados no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), discutindo a prática docente e a formação cidadã no cenário da Educação Não Formal. O intuito é compreender as práticas educativas voltadas às crianças e adolescentes que habitam os espaços não escolares de ensino, a partir do olhar de quem está inserido/a nesse processo, fazendo educação intencional em espaços alternativos. Reconhecendo a diversidade de profissionais que circulam nas instituições educativas, é de salutar importância considerar os discursos advindos dos próprios sujeitos em questão, permitindo que a escuta das narrativas de suas trajetórias docentes evidenciem outros sentidos e significados para sua prática pedagógica. A metodologia adotada seguiu as orientações epistêmicas do método autobiográfico, fundamentada na abordagem qualitativa, consistindo-se num referencial interpretativo das experiências vivenciadas pelos sujeitos sociais. Utilizando a entrevista narrativa, como instrumento de coleta de informações, analisamos os relatos de uma educadora social do Projeto de Acompanhamento a Crianças e Adolescentes (PACA), a qual se encontra inserida num espaço de Educação Não Formal (a Casa Rebeca), para construção de reflexões sobre suas práticas educativas e respectivas contribuições na formação de crianças e adolescentes através do exercício na/pela cidadania. Assim, mediante a análise dos dados, concluímos que (re)construindo e ressignificando os saberes, por meio da reflexividade, o ser docente, faz e refaz seus caminhos metodológicos, didáticos e pedagógicos, na promoção de uma formação cidadã, na qual a diversidade de educandos/as ganha espaço e evidência neste processo de ensino e de aprendizagem.