O presente trabalho tece algumas considerações no que diz respeito à educação contemporânea. Por acreditarmos em seu potencial emancipador, atentamos para o conjunto de manobras neoliberais nas políticas educacionais, tomando por base as recentes reformas e propostas heterônomas na educação nacional, além de vislumbrar a relação entre democracia e cidadania no cotidiano do professor, constituindo uma resposta de práxis quando nos encontramos diante de traços que comporiam um “estado de exceção”. Partindo de uma abordagem crítico-dialética, que concebe a educação enquanto oportunidade para a classe trabalhadora no que tange a transformação do real diante da lógica do capital, a pesquisa tomou por procedimentos metodológicos o levantamento bibliográfico sobre a temática, além dos espaços de discussão no grupo de ensino, pesquisa e extensão EGEFProf – Estudos Geográficos: Ensino e Formação de Professores, da Universidade Estadual da Paraíba, Campus III, espaço em que os autores puderam expor ideias, trocar experiências e pensar suas conjunturas de trabalho (alguns deles já se encontram em sala de aula), além de outras vivências e práticas vivenciadas na educação formal. O referido trabalho não só se justifica pela necessidade de posicionamento crítico diante da conjuntura vigente (instável, mas alinhada aos interesses hegemônicos) mas, sobretudo, pela opção por uma proposta dialógica e humana enquanto caminho para ruptura da racionalidade de mercado, que a tudo toma como possibilidade de lucro e exploração. O objetivo geral dessa pesquisa consistiu em abordar a educação brasileira a partir da relação entre democracia e cidadania, com ênfase à práxis docente nos espaços formativos e profissionais, cada vez mais permeados pelos princípios do capitalismo vigente. Enfatiza-se aqui uma educação para além do capital, onde a coletividade se posicione e resista aos interesses das classes e grupos dominantes. Acreditamos que a prática pedagógica tem um papel fundamental na construção de tal proposta.