Mesmo com as indicações de que, para o desenvolvimento de uma educação de qualidade e um planejamento eficiente, é preciso ir além do embasamento teórico e dos projetos pré-estabelecidos pelo sistema educacional, o livro didático permanece, muitas vezes, como base principal das aulas dos professores de Língua Portuguesa. Todavia, esse importante instrumento impresso tem apresentado, em recentes edições, certa sensibilidade no tocante à escolha de gêneros textuais mais próximos à realidade dos alunos do Ensino Médio, visto que os documentos oficiais sugerem a utilização de modalidades populares e contemporâneas, distribuídas em suportes cada vez mais diversificados. Partindo do exposto, o objetivo central deste trabalho é analisar o tratamento dos gêneros digitais no livro Linguagens - volume único para o Ensino Médio, de Cereja e Magalhães (2013), com base nas atividades propostas e espaços destinados a eles no livro. Sendo pautada numa revisão documental, esta pesquisa apresenta abordagem predominantemente qualitativa, do tipo descritivo interpretativista. Como resultados, constatou-se que o número de gêneros abordados é limitado, mas a abordagem dos que foram apresentados pela coleção condiz parcialmente com os pressupostos teóricos aqui adotados.