Esta pesquisa objetivou refletir sobre a presença da cultura visual no imaginário da criança proporcionando reflexões e sugestões pedagógicas sobre o ato de ver. Além de refletir sobre as concepções da pedagogia crítica da visualidade e suas implicações para o contexto da Educação Infantil, este estudo tomou como hipótese o fato de que a criança constrói estereótipos e visões do mundo social a partir de seu contato com as visualidades midiáticas em suas infinitas expressões, ou seja, as imagens constroem as culturas das crianças e as próprias culturas infantis influenciam a construção das imagens presentes nas mídias. Nesse sentido, importa não tratar Educação Infantil e Tecnologias como elementos antagônicos, mas sim, como polos de uma dialética maior. Adotou-se como estratégia metodológica, a pesquisa bibliográfica que parte de uma concepção dialética do conhecimento e está pautada nas contribuições de Sarmento (2002; 2004) e Ariés (1978), Nascimento; Brancher; Oliveira (2008), Kramer (2003) dentre outros. Realizou-se ainda, uma análise documental utilizando como principal fonte os Referencias Curriculares Nacionais para Educação Infantil (RCNEIS) a fim de perceber indicações de como as imagens podem ser utilizadas pedagogicamente no currículo da primeira etapa da Educação Básica. Os resultados demonstram a necessidade de uma educação com/para as mídias utilizando as culturas visuais que estão à serviço de uma pedagogia crítica da visualidade como subsídio para o processo de ensino e aprendizagem no cotidiano da Educação Infantil. Propõem ainda, que educadores (as) estejam preparados para desenvolver a visão crítica dos educandos possibilitando o uso pedagógico das imagens em busca de realizar uma educação democrática e emancipatória de qualidade.