Pessoas com problemas de visão correspondem a uma grande parcela da população brasileira, porém este público é, em grande parte, esquecido e fica a margem do processo educacional em virtude da falta de meios que lhes possibilitem a aquisição do conhecimento de maneira eficiente. Geralmente, os recursos didáticos produzidos para as pessoas cegas são frágeis e de pouca durabilidade. Os recursos didáticos na área de química construídos por meio de programas de computadores não permitem o exercício do código Braile, sendo que este é de fundamental importância na vida escolar dos alunos. Esta questão torna-se mais evidente na disciplina de química, onde há a exigência da visualização de imagens e compreensão de vários conceitos abstratos, o que torna o ensino dessa disciplina para alunos com cegueira um grande desafio. Com relação aos conteúdos de ácidos e bases, ministrado no ensino médio, os alunos, em sua maioria não sabem o que diferencia uma hidroxila (OH-) de um cátion (H+), e muito menos como esses grupos funcionais interagem com diferentes espécimes químicas na formação das referidas funções inorgânicas. Nesse sentido necessita-se de recursos que possibilitem aos alunos cegos e com baixa visão realizar a representação do que lhes é repassado. Assim, o objetivo deste estudo foi construir um recurso didático adaptado para alunos cegos e com baixa visão, de fácil manuseio, fácil de ser transportado para a sala de aula e de baixo custo. Obteve-se como resultado um material didático aprovado pelos alunos alvo da pesquisa, que alia a aprendizagem dos conteúdos de química ao exercício do código Braile pelos mesmos.