Dentre as novas classes de poluentes orgânicos aquosos, ganham destaque os fármacos. Os métodos de tratamentos de efluentes realizados pelas redes de tratamento de água e esgoto não são capazes de eliminar totalmente estas moléculas que chegam as estações de tratamento através do descarte, tanto da indústria quando das residências. A contaminação dos mananciais também pode ser através da administração dos fármacos, mesmo que controlada, pois parte do princípio ativo não é absorvido pelo organismo, sendo excretada de forma inalterada pelas fezes ou urinas, aumentando assim a quantidade de resíduos nas estações de tratamento de esgoto. Este trabalho visa analisar a capacidade da vermiculita em adsorver moléculas medicinais, buscando uma metodologia para retirar estas impurezas da água. O argilomineral utilizado pertence ao grupo dos silicatos hidratados, formados por magnésio, alumínio e ferro, onde este, é utilizado como adsorvente devido à presença de sítios ácidos capazes de interagir com moléculas orgânicas. Neste trabalho foi utilizado o argilomineral vermiculita, proveniente da cidade de Santa Luzia – PB, a argila foi conduzida ao Laboratório de Química do Centro de Formação de Professores – UFCG, onde foi realizado a eliminação da matéria orgânica e homogeneização do sólido. Para a retenção do fármaco ácido acetil salicílico, foram realizados testes em batelada por 48 horas, utilizando 0,100 g da vermiculita sódica em soluções de ácido acetilsalicílico (AAS), com concentrações variando de 0,002 a 0,02 mol dm-3. A partir da análise titrimétrica do sobrenadante filtrado, determinou-se a concentração do fármaco remanescente. Como resultado, houve uma redução na concentração do poluente. A vermiculita sódica mostrou-se como um bom material adsorvente, de baixo custo, para a extração de poluentes, diluídos em meio aquoso.