Artigo Anais II CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

UTILIZAÇÃO DA ESTATÍSTICA PARA DIAGNÓSTICO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E O ACESSO À ÁGUA DOS MORADORES DA ZONA URBANA DE ESPERANÇA - PARAÍBA

Palavra-chaves: CRISE HÍDRICA, SEMIÁRIDO PARAIBANO, ESCASSEZ, PERFIL SOCIOECONÔMICO Comunicação Oral (CO) AT 05 - Águas do semiárido: recurso e bem de uso comum
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Publicado em 18 de dezembro de 2017

Resumo

O Nordeste brasileiro, desde 2012, vem atravessando um período de estiagem que perdura há cinco anos. Ela não está somente afetando diretamente a paisagem local como também comprometendo o nível dos reservatórios nesta região. O Estado da Paraíba padece desta problemática da seca principalmente na região da Borborema e em parte do Sertão onde o clima é semiárido e predomina o chamado Polígono das Secas. Na região semiárida que compreende, por exemplo, as proximidades do município de Campina Grande – PB, as cidades circunvizinhas sofrem com a falta de abastecimento de água potável, necessitando de carros-pipa, de outras regiões ou de poços artesianos. O presente artigo realizou um estudo com o foco na análise socioeconômica da população residente na cidade de Esperança – PB, onde há aproximadamente um ano vem sofrendo com a escassez total de água encanada, pois a CAGEPA (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) realizou a desativação desta, por causa de reservatórios vazios. Portanto, os moradores, até mesmo os menos favorecidos, são impelidos a adquirir água principalmente através da compra proporcionada pelos carros-pipa, outra pequena fatia da população obtém água proveniente de poços artesianos e, com uma frequência quase desprezível, através da captação das águas de chuva. Contudo, a problemática está no fato de essas águas, de proveniência desconhecida, e como ela  influência no orçamento familiar. Assim teve-se o interesse de identificar como a condição socioeconômica da população se relaciona com o acesso à algo tão necessário e indispensável à vida, a água. A referida pesquisa, foi realizada durante dois dias em um período de 16 horas, abrangendo uma amostra de 98 residências. Foi elaborado um questionário socioambiental, semiestruturado e aplicado na forma de entrevista, contendo questões objetivas abordando os aspectos socioeconômicos dos residentes, com ênfase na despesa mensal com água, assim como o armazenamento, a utilização e a origem da mesma. Incluíram-se no estudo todas as famílias cuja casa estivesse aberta por ocasião da visita dos pesquisadores, com um responsável adulto. Os resultados obtidos indicam que os habitantes apresentam escolaridade baixa, e em sua grande maioria compram água dos carros-pipa, representando mensalmente um custo significativo no orçamento das famílias esperancenses.

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