Conhecida como a raça do semiárido, ovino potiguar, o Soinga é um animal "tricross", resultado de cruzamento entre as raças Bergamacia, originária da Itália, Morada Nova Branca, selecionada no Nordeste do Brasil, e Somali Brasileira, da África do Sul. Deste cruzamento surgiu o Soinga, um ovino rústico, precoce, pesado e prolífero, num habitat totalmente integrado às condições adversas do Semiárido. O Soinga já é considerada por criadores como uma raça nobre, devido à sua carne marmorizada, o que significa que a gordura entremeada nas fibras da carne pode ser vista no corte. Além da questão da comida e da resistência ao Semiárido, a Soinga tem bons anticorpos e não cede às pragas que assolam as ovelhas durante a invernada. Além disso, enquanto raças como a Somalis Brasileira e outras demoram até um ano e meio para atingir a plenitude, os primeiros cortes de Soinga podem ser feitos com seis meses de vida. Sua habilidade materna é excelente as fêmeas, em muitos casos, dão duas crias, demonstram carinho e cuidado especiais com os filhotes, fatores importantes para que sejam mais resistentes e cresçam saudáveis. Em 2014 o MAPA reconheceu a raça, e a Arco autorizou o inicio da marcação dos animais, dentro dos padrões oficiais estabelecidos pela Acosb e Mapa, o rebanho Soinga, hoje, supera 15.000 cabeças, apenas no Nordeste do Brasil. Porém ainda não existem pesquisas científicas que comprovem a eficiência e características dessa raça, dessa forma, essa revisão tem como objetivo retratar a origem e principais características da raça Soinga.