Nas últimas décadas a Educação Ambiental têm sido intensificada na tentativa de sensibilizar e informar a população sobre a realidade ambiental e o real papel da sociedade sobre a conservação do ambiente. Elementos bióticos vêm sendo usados em diversos estudos como ferramentas na avaliação da qualidade ambiental, assim como um instrumento integrado há Educação Ambiental. Entre esses elementos destacam-se os macroinvertebraados bentônicos, por serem organismos vistos a olho nu e considerados excelentes indicadores das condições de poluição em ecossistemas aquáticos. O presente estudo teve como objetivo analisar a percepção dos estudantes em uma escola pública rural do Cariri Ocidental da Paraíba, acerca da fauna bentônica como bioindicadores da qualidade de água e promover a sensibilização para conservação desses ecossistemas. Um total de 40 atores sociais (2º a 4º ano – Ensino Fundamental I) foram selecionados. Utilizamos uma pesquisa descritiva e interventiva, realizada em uma escola de ensino fundamental localizada na zona rural do município de Monteiro, estado da Paraíba. A técnica participativa “tempestade de ideias” (brainstorming) foi utilizada com a seguinte pergunta norteadora: “Como saber se a água é boa ou ruim?”. Além desta, também foi realizada a uma oficina temática sobre bioindicadores, com aplicação de um jogo ilustrativo com os principais macroinvertebrados, na intenção de fixar o conteúdo trabalhado. Através da metodologia “tempestade de ideias”, os estudantes indicaram que a água é de qualidade boa quando apresentam as seguintes características: limpa, clara, não tem cheiro ruim. Enquanto para água ruim citaram: mal cheiro, peixes mortos, e moscas brancas. Através da aplicação do jogo ilustrativo foi possível observar que os estudantes já tinham conhecimento prévio acerca de alguns organismos trabalhados, tendo em vista que reconheceram como: Libélula (Odonata), Caracol (Mollusca), Minhoca d’água (Oligochaeta), Camarão (Decapoda) e Sanguessuga (Hirudinea). No entanto durante o estudo observamos que nenhum dos estudantes apresentava conhecimento acerca dos macroinvertebrados como bioindicadores. Concluímos então que os estudantes reconhecem os macroinventebrados como componentes bióticos dos ecossistemas aquáticos, mas não como indicador da qualidade da água, e que o emprego de ferramentas, como a que foram consideradas no presente estudo, são amplamente recomendadas para o ensino em educação ambiental, pois promovem a democratização do conhecimento e da participação da comunidade escolar e da comunidade social local.