A fruticultura apresenta importante papel no agronegócio brasileiro, especialmente na região Nordeste, sendo esta uma região que vem se consolidando nos últimos anos nesse ramo, com sua produção sendo fortalecida através do emprego de técnicas que favorecem a produtividade do cultivo. Entretanto, o manejo inadequado de algumas técnicas como a irrigação, apresentam potencial de provocar malefícios ao solo por meio do acúmulo em excesso de sais solúveis no mesmo, por exemplo, o que pode diminuir a produtividade e consequente rentabilidade do cultivo, além de também ter potencial para afetar o equilíbrio biológico do sistema em questão. A avaliação de atributos biológicos pode ser uma alternativa indicadora da qualidade momentânea de determinado solo, possibilitando a adoção de medidas de curto, médio e longo prazo para a recuperação de áreas afetadas por sais e degradadas. O objetivo desse trabalho foi avaliar os microrganismos indicadores da qualidade do solo em áreas produtoras de coco no perímetro irrigado de São Gonçalo-PB. Foram analisadas duas áreas: uma área de Caatinga antropizada com predominância de jurema Mimosa tenuiflora (Wild) Poir, tomada como referência (AR), e uma área anteriormente cultivada com coco, pouco afetada por sais (AS). O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados, com três repetições, sendo as duas áreas estudadas, divididas em quatro parcelas e estas em três subparcelas, totalizando 12 subparcelas experimentais por área. Em cada subparcela foram coletadas na profundidade de 0-20 cm cinco amostras simples para formação de uma amostra composta, totalizando 24 amostras de solo compostas. A densidade de microrganismos foi avaliada por meio do número mais provável (NMP) após diluição das amostras de solos em meios de cultura específicos (batata dextrose ágar, ágar nutriente e amido caseína) para fungos, bactérias e actinomicetos, respectivamente. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, por meio do sistema de análise estatística SISVAR, versão 5.6. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Em uma comparação das áreas analisadas, não se observou efeito significativo da salinidade sob a densidade dos microrganismos avaliados, observando-se, entretanto, uma maior densidade de fungos em cada área avaliada.