A economia capitalista baseia-se na concentração de renda, no lucro e interesse das grandes corporações e, portanto, tem deixado indivíduos à margem do mercado de trabalho formal. A Economia Solidária tem se apresentado como uma alternativa à essa realidade, uma forma diferenciada de trabalho, um jeito de tentar suprir as necessidades desses sujeitos. Os empreendimentos econômicos solidários (EES) são bastante diversificados e desenvolvidos por distintas organizações: associações, cooperativas e grupos informais. Além disso, podem ser apoiados por diversas instituições como ONGs e órgãos públicos. Uma das instituições que se destacam nessa ação são as Incubadoras Universitárias de Empreendimentos Solidários, que realizam assessoramento sistemático aos EES. Portanto, o intuito desse trabalho foi realizar um diagnóstico de um grupo de piscicultores vinculados à Cooperativa Agropecuária Cacho de Ouro (COOPERCACHO) em Jaçanã, RN, o qual consiste no levantamento de informações socioeconômicas dos piscicultores, citação das principais fontes de informação que os produtores têm acesso e descrição de características referentes à participação dos sujeitos no grupo, quanto ao trabalho coletivo e cooperação, confiança e solidariedade, bem como inclusão social. Os dados desse trabalho consistem em parte das atividades de incubação realizadas pela Incubadora Universitária de Economia Solidária (INCOSOL) da UFCG, campus Cuité. Os critérios de amostragem foi pelo método de conveniência. Foram selecionados cinco (5) produtores rurais vinculados a COOPERCACHO que já realizavam ou que estavam planejando realizar a atividade de piscicultura. Através das rodas de conversa e visitas foi possível estabelecer a aproximação junto ao grupo, formar e fortalecer vínculos, além de (re) conhecer a realidade local. Todos eles são do sexo masculino e possuem casa própria; 80% deles são agricultores; A maioria possui baixos níveis de escolaridade, apenas 40% possuem nível médio completo, realidade semelhante as que são relatadas sobre outros grupos; 60% relatam que há interação da sua instituição com outras, mas constata-se que não há articulação para formação de redes; 60 % já realizaram empréstimos seja com amigos ou entidades financiadoras; Sobre confiar nas pessoas, apenas 40% disseram que pode-se confiar e 60% que nunca é demais ter cuidado, este pode ser um fator que dificulte o trabalho coletivo, por outro lado a maioria participou de atividade em conjunto na cooperativa, fato este que pode ser valioso no desenvolvimento do trabalho coletivo. O curso de capacitação Introdução à Piscicultura, realizado diante da necessidade e decisão do grupo, foi bastante participativo.