O sensoriamento remoto e as técnicas de geoprocessamento são ferramentas que servem para mapear e monitorar uma área com o passar do tempo, observando respostas da paisagem a mudanças antrópicas e climáticas, tornando-se tornando-se um instrumento para o planejamento e monitoramento dos recursos naturais. A vegetação da região estudada é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia. A área analisada possui uma grande supressão de vegetação nativa para suprir o mercado de carvão, além de atividades agropecuárias existentes principalmente as margens do rio São Francisco. Nisso, o presente estudo tem por objetivo avaliar as alterações sofridas ao longo dos anos na cobertura florestal através da identificação dos padrões de uso e cobertura da terra, por meio do mapeamento da região analisada no referente trabalho. A área em estudo localiza-se no sertão pernambucano, envolvendo os municípios de Arcoverde, Buíque, Tupanatinga, Calumbi, Flores, Betânia, Serra Talhada, Ibimirim, Floresta, Sertânia e Custódia. As imagens foram provenientes do satélite LANDSAT 8, sensor OLI. Desta forma, foi possível avaliar as alterações sofridas pela cobertura vegetal entre os anos de 2013-2016 e identificar os padrões de uso, cobertura da terra e quantificá-los de acordo com as imagens de satélite obtidas. Em seguida foi feito o mosaico de identificação da área de estudo, através do software ArcGis 10.2.1, depois foram definidas as classes temáticas corpo d’água, solo exposto, agropecuária e floresta, dando enfoque nas áreas florestais desmatadas, em seguida foram cruzados os mapas por meio de álgebra de mapas, originando o grau de desmatamento na região em estudo no espaço temporal estabelecido. Os principais usos econômicos do São Francisco são agricultura irrigada, produção de energia e a pecuária, além do uso de recursos naturais, para carvoarias e mineração, gerando um modelo de exploração econômica intensa que, se não for substancialmente modificado, de nada adiantarão os esforços de revitalização. O presente trabalho apresentou que mesmo com a expansão da floresta de 2013 para 2016 o grau de desmatamento cresceu certa de 16% e em relação a área total em estudo, e 73,77% da mesma é terreno antropizado, sendo 41,70% agropecuária, não tendo praticamente nenhum crescimento no período analisado, o outro fator determinante gerado pela antropização da área foi o solo exposto que resultou numa terreno equivalente a 31,33%, tendo um crescimento de 11%, aproximadamente, de 2013 a 2016, formando regiões desertificadas. A presença de gestões públicas para legalizar o corte de madeira nativa e incentivo de programas de reposição florestal no local são necessários para a reutilização da terra e desenvolvimento da flora e fauna local.