Para o reconhecimento da Rede de Atenção em Saúde (RAS) em HIV/AIDS, deve-se partir de uma região de saúde especifica, já que a mesma pode assumir características e fluxos diferenciados. Objetiva-se discutir a influência das cidades médias na organização da RAS em HIV/AIDS no Rio Grande do Norte (RN). Trata-se de um estudo descritivo, no qual se analisou documentos de acesso público disponibilizados pelo Ministério da Saúde, IBGE e relatório de gestão do RN. O estudo foi dividido em dois eixos de observação:1 - organização regional do RN e Plano Estadual de Saúde do RN e; 2 – discussão do papel das cidades médias na estruturação da Rede de Atenção a Saúde em HIV/AIDS no RN. Percebe-se que em todas as regiões existem cidades que possuem um número maior de serviços em HIV/AIDS e, geralmente, são as mesmas que são “mais desenvolvidas” e dispõem de maior número de bens e serviços e, acabam assumindo o papel de cidade-polo da região. Os maiores números de serviços estão localizados na II e VII Região de saúde, especificamente nas cidades de Mossoró e Natal. A criação de novas centralidades e interiorização dos serviços contribuem para a manutenção da Rede de HIV/AIDS resolutiva e próxima de sua comunidade, com menos barreiras de acesso impostas pela distância dos serviços.