As plantas medicinais e os fitoterápicos constituem uma modalidade de terapia complementar e alternativa para o tratamento das necessidades de saúde e o seu uso tem sido crescente em vários países no mundo. Nesta perspectiva, o presente estudo apresenta como objetivo descrever o conhecimento e a utilização de plantas medicinais e da fitoterapia em comunidades assistidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Trata-se de um estudo de revisão sistemática, onde realizou-se levantamento bibliográfico de artigos de periódicos nacionais, indexados nas seguintes bases eletrônicas: PubMed, Lilacs e SciELO, utilizando-se Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e palavras-chave como base de pesquisa, incluindo plantas medicinais, fitoterapia, atenção primária à saúde e práticas integrativas e complementares do SUS. Nos estudos analisados verificou-se que a maior parte do público entrevistado era representado pelo gênero feminino, onde a maior parte das mulheres relataram que são usuárias de plantas medicinais para tratar sintomas do dia a dia. As plantas medicinais mais citadas pela população entrevista foram boldo, erva cidreira, capim santo, erva doce, mastruz, hortelã, louro, camomila, sabugueiro, canela, barbosa, agrião, romã e louro. Os principais sintomas/doenças que levaram os entrevistados a fazer uso de plantas medicinais as mais frequentes foram má-digestão, gripe, estresse/calmante, tosse, inflamação, dor (geral), dor de garganta, mal-estar, doenças de pele, hipertensão, obesidade, colesterol, diabetes, dor de cabeça, dor na coluna, diarreia, insônia, gastrite, dor no ouvido, febre e vermes. Desta forma, observa-se que a utilização de plantas medicinais é encarada como uma opção na busca de soluções terapêuticas, visto que as mesmas são utilizadas no tratamento de enfermidades de todos os tipos, e principalmente pela população de baixa renda, pois se trata de uma alternativa eficiente, barata e culturalmente difundida. Com base nos dados obtidos na presente pesquisa foi possível observar o uso de diferentes espécies de plantas medicinais pela população para o cuidado de alguns sintomas/doenças, evidenciando, desta forma, que a utilização de plantas medicinais e fitoterapia representam uma forma de medicina alternativa e complementar utilizada por usuários do Sistema único de Saúde (SUS).