INTRODUÇÃO: As Danças Circulares, são danças tradicionais de vários povos do mundo. Caracteriza-se pela prática em roda, de mãos dadas, com passos simples e músicas tradicionais ou contemporâneas. Tem como principal foco a integração do grupo, o apoio mútuo e o respeito com as diversidades. Em 2013 a Dança Circular passa a fazer parte das práticas integrativas e complementares no SUS. Dessa forma pode estar inserida na Estratégia Saúde da Família, onde os profissionais trabalham com grupos e com o indivíduo em diferentes ciclos de vida e condição de saúde. Assim pode ser utilizada como forma de acolhimento na atenção à Saúde da Mulher. METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho de caráter descritivo. Relata a experiência das rodas de dança que aconteceram na Estratégia Saúde da Família, distrito Ponta da Serra, no município de Crato-CE, no período de setembro a dezembro de 2011. As reuniões aconteceram quinzenalmente, no período da tarde, com mulheres no climatério, adscritas na equipe Ponta da Serra II. A faixa etária estava entre 40 e 77 anos, e o número de participantes entre 8 e 17 mulheres. Cada sessão tinha duração de 2 horas, na qual apresentava-se um tema sobre saúde, escolhido pelo grupo e a enfermeira/focalizadora conduzia os diálogos em forma de círculo, em seguida as danças eram realizadas. RESULTADOS: A vivência da roda proporcionou inclusão, igualdade e participação de todas. Além dos aspectos sociais de integração, houve benefícios físicos e mentais. As danças trouxeram a dimensão lúdica e sensação de bem-estar. Destaca-se a melhora na coordenação motora, na concentração, na flexibilidade e consequentemente uma elevação na autoestima. A Dança Circular apresentou-se, como uma motivação maior para os encontros, sendo considerada uma vivência da arte e da troca de saberes, na qual conseguiram se expressar e perceber o seu próprio corpo. CONCLUSÃO: A experiência com a Dança Circular na Estratégia Saúde da Família, oferece uma excelente oportunidade de trabalho com as práticas integrativas, por ser de baixo custo para os gestores e grandes benefícios para os usuários do SUS. Um valioso processo de transformação aliado à educação em saúde, ainda permite a abertura de espaços e possibilidades para a atenção holística a outras faixas etárias, independente de sexo, religião ou condição social.