O uso das práticas de terapias alternativas e complementares no Sistema Único de Saúde merece reflexão, especialmente quando se investiga o sentido de sua adoção na política nacional de um país como o Brasil, uma sociedade complexa que tem incorporado recursos tecnológicos cada vez mais sofisticados e dispendiosos. E como a enfermagem, que exerce um papel crucial na inserção e realização dessas práticas nos serviços de saúde, surge o seguinte questionamento: Como se dá a atuação do enfermeiro nas Terapias Alternativas e Complementares? Com isso, a revisão literária tem o objetivo conhecer como se dá a atuação do enfermeiro nas Terapias Alternativas e Completares. Em uma revisão literária para captura dessa produção, foi processada por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizados apenas trabalhos indexados nas bases de dados: ScientificElectronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical LiteratureAnalysisandRetrieval System Online (MEDLINE). O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no Parecer Informativo 004/95, reconhece a fundamentação da profissão de Enfermagem na visão holística do ser humano, o crescente interesse e utilização das práticas naturais no cuidado cliente e os aspectos do Código de Ética dos profissionais de Enfermagem que justificam a utilização das terapias naturais. Dado o aumento crescente da utilização de medicinas alternativas e complementares, há necessidade de que os profissionais de saúde estejam aptos a informar e atender aos pacientes, reconhecer efeitos colaterais, interações medicamentosas e praticar as medicinas complementares isoladas ou associadas às medicinas convencionais com segurança. Embora o conhecimento teórico forneça subsídios para a elaboração do conceito de integralidade entre os estudantes, algumas dúvidas poderiam ser dissipadas na prática profissional, com a inserção do estudante no contexto das atividades que estimulem a exploração de conteúdos com base em situações-problema. É impossível pensar em saúde sem pensar em educação no sentido mais amplo do conhecimento, em sua epistemologia, ou seja, na construção de suas implicações. Considerando a atual formação do enfermeiro hoje, percebe-se que ainda existe uma lacuna muito grande em relação às novas maneiras de cuidar, um cuidar holístico, respeitando e trabalhado integralidade do sujeito como um ser energético. O fato é que o enfermeiro sai da graduação ainda com pouca bagagem teórico/prático no que diz respeito a Terapias Alternativas e Complementares, isso faz com que repercuta diretamente na sua atuação como profissional da saúde nesta área, uma vez que há a carência do conhecimento, automaticamente, haverá dificuldade também de tirar do papel e pôr em pratica o que o SUS preconiza hoje, que é a inserção de várias práticas integrativas no sistema, tendo em vista que existe a oferta então, que haja cada vez mais adeptos a essas práticas e profissionais capacitados e acreditados a assistir e vivenciar seus resultados.