Introdução: A legislação sanitária brasileira descreve os fitoterápicos como aqueles medicamentos obtidos com o emprego de matérias primas onde a segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam sintetizadas com segurança de serem utilizados sem a prescrição de um profissional médico (CACCIA-BAVA et al., 2017). O sistema único de saúde por meio dos seus princípios e diretrizes, adota os fitoterápicos como práticas integrativas e complementares à saúde que integram as políticas públicas e normatizações especificas (BRASIL, 2012). Diante disso, relata-se a decisão em elaborar este estudo com a finalidade em contribuir com incentivo para pesquisas acadêmicas da área de enfermagem, bem como desencadear reflexão aos profissionais que desejam obter conhecimento diante às práticas complementares e integrativas com ênfase nas terapias fitoterápicas na atenção primária à saúde. Desse modo, formulou-se a seguinte questão de pesquisa: como o enfermeiro poderá implementar os fitoterápicos como práticas integrativas na atenção primária à saúde? Este estudo tem como objetivo descrever a conduta do enfermeiro no uso da terapia fitoterápica na atenção primária à saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo revisão integrativa A busca ocorreu através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados para pesquisa foram: Práticas integrativas, Atenção Básica, Fitoterápicos. Resultados: Os profissionais de enfermagem conforme designa Sampaio et al. (2013), afirmaram em seu respectivo estudo que a terapêutica com os fitoterápicos é uma escolha transitável e beneficente, cujo é importante subsídio na assistência à saúde; a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 10 de 2010, são elencadas em média 66 plantas medicinais com atuações na saúde humana e devidamente comprovados os benefícios destas, além de serem preconizadas pelo Ministério da Saúde para auxílio cicatricial das feridas, o que resulta em progresso no âmbito da assistência de enfermagem (PIRIZ et al., 2014). Um exemplo de fitoterápico abordado no estudo de Piriz et al. (2014) é proveniente da planta Crajiru (Arrabidaea chica Verlot.), pesquisas atuais apontam a relação dos efeitos cicatrizantes adquiridos por meio do extrato da folha dessa planta, por vezes tendo resultado satisfatório do medicamento, além de possibilitar uma estimativa cicatricial de úlceras diabéticas, ou seja, tornando-se um grande ganho para assistência, uma vez que diabetes mellitus é um problema de saúde pública evidente. Conclusão: Espera-se que este estudo tenha atingido o objetivo proposto de forma clara e objetiva, acrescentando aos profissionais de enfermagem a importância e eficiência do uso dos fitoterápicos na atenção básica e podendo assim complementar a integração terapêutica medicamentosa para a prevenção, promoção e reabilitação da saúde dos usuários da atenção básica, respeitando e aplicando as diretrizes do sistema único de saúde. A enfermagem como ciência pode pactuar com tais práticas na melhoria da assistência à saúde ao vincular a oferta emanada de plantas e métodos terapêuticos alternativos sem limitar-se as medidas egocêntricas do mercado farmacêutico com foco irredutível no bem-estar comum.