Introdução: O trabalho discute, sobre o aporte teórico da complexidade e da ecologia de saberes, as práticas integrativas e complementares em saúde e a necessidade de integração entre os saberes científicos (biomédicos) e os saberes tradicionais para sua efetiva implementação. Objetivo: discutir as práticas integrativas e complementares em saúde e a necessidade de integração entre os saberes científicos (biomédicos) e os saberes tradicionais para sua efetiva implementação. Metodologia: Estudo reflexivo segundo referencial teórico de M. C. Almeida (2010) e E. Morin (2000). acerca dos saberes tradicionais versus saberes científicos, bem como as PICS como uma ecologia de saberes complexos. Resultado e discussão: A reflexão gira em torno da subvalorização do conhecimento tradicional que foi espalhada mundialmente pela globalização da supremacia científica e monopólio da ciência na saúde. Há uma urgência inadiável de se promover o encontro entre cultura científica e saberes da tradição. Acentua-se a discussão favorecendo-se o pensamento complexo e a ecologia de saberes como a troca múltipla de interações, culturas, opiniões, teorias e interpretações e aceitando que os saberes da tradição possuem um conhecimento pertinente e que este, quando inserido num contexto, pode revelar uma ciência aberta, direcionada a uma democracia cognitiva para uma sociedade menos desigual. Conclusão: A conciliação entre os saberes científicos e os tradicionais, através das PICS, converge para uma postura mais abrangente da saúde, doença e terapêutica que ultrapassam o modelo biomédico centrado no aspecto tecnomecanicista da ciência.