Com o aumento da crise socioeconômica e da saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou a necessidade de buscar novos recursos para o cuidado em saúde, assim como o da medicina tradicional e popular. No Brasil, houve a implantação das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS) no Sistema Único de Saúde (SUS) em 1986 e em maio de 2006 foi publicada a Portaria nº 971, sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A realização deste estudo se justifica devido a necessidade de compreensão da articulação das PICS na atenção básica contribuindo na promoção da saúde e consequentemente melhorando a qualidade de vida dos usuários do SUS com base nos princípios preconizados pelo ministério da saúde. No entanto, o objetivo do presente estudo é demonstrar como as PICS foram aplicadas na atenção primária. Trata-se de uma revisão literária de caráter integrativo, realizada em agosto de 2017, com pesquisa nas bases de dados SciELO e LILACS, por meio dos descritores: Atenção Primaria à Saúde, Terapias Alternativas e Sistema Único de Saúde. Os critérios de elegibilidade foram publicações relacionadas a temática entre os anos de 2006 e 2017, sem restrição de idiomas. Foram encontradas 381 publicações nas bases de dados, sendo destas 379 excluídos por não contemplarem os critérios de elegibilidade. Deste modo, foram utilizados 2 artigos e 1 publicação do Ministério da Saúde. As abordagens terapêuticas buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde. Desde a implantação da PNPIC, em 2006, a procura e o acesso dos usuários a esses procedimentos vêm crescendo significamente. Em 2016, os atendimentos das PICS na atenção primária, foi superior a 2 milhões em todo o Brasil. Atualmente, 1.708 municípios oferecem PICS em seus serviços de saúde, estando a maior concentração na atenção básica, representando 78%. Porém ainda existe um longo percurso a ser percorrido para que as PICS se torne cada vez mais conhecida pela sociedade. A atenção básica é a principal porta de entrada do SUS e atua principalmente na promoção e prevenção da saúde, juntamente com as PICS, entretanto, é necessária uma maior divulgação dos benefícios que as mesmas proporcionam. Com o estudo foi possível verificar a importância da implantação das PICS na atenção primaria.