Desde a implantação do novo sistema de saúde no Brasil em 1988, o Sistema Único de Saúde – SUS, foram percebidas diversas dificuldades em conseguir atender a toda população no seu quesito primordial da integralidade. Para enfrentar tais dificuldades, diversas estratégias foram desenvolvidas, como a Estratégia Saúde da Família – ESF, e aliado a este serviço, em 2006 foi instituída pela Portaria MS nº 971 de 03 de maio de 2006 no SUS a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em saúde – PNPIC, a qual demonstra forte potencial na questão de abranger a população com destaque para as seguintes áreas: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia.
Com a análise dos dados presentes no 1º e 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica – PMAQ, lançado em 2011, foi feito um estudo ecológico de tendência temporal entre os anos 2012 e 2014, sendo possível gerar a situação transversa da oferta destes dois períodos no Brasil, mais especificamente no estado do Rio Grande do Norte e a comparação entre os anos.
Foi observado um aumento de 366% no número de municípios que ofertam as PICs e de 587% no número de equipes que ofertam estes serviços no estado do Rio Grande do Norte.
Ao analisar este aumento deve-se perceber que em números absolutos não se trata de um crescimento tão importante frente ao número de municípios que compõem o estado. Entretanto, se faz necessário perceber a tendência e pode-se inferir que no 3º ciclo do PMAQ mais regiões estarão cobertas levando o benefício destes serviços para as pessoas que recorrem ao SUS, visto que o Ministério da Saúde tem investido na formação de profissionais da área e tem colocado como critério avaliativo nas Unidades Básicas de Saúde – UBS a presença de PICS, ou seja, para uma UBS ser considerada ótima, dentre outros critérios, se faz necessário a prestação dos serviços propostos pelas PICS.