Resumo: A dor, considerada o quinto sinal vital é um sintoma prevalente em crianças com câncer e pode estar relacionada a invasão ou compressão dos tecidos e órgãos adjacentes ao tumor, aos tratamentos cirúrgico, quimioterápico e radioterápico e aos procedimentos invasivos. Para o manejo da dor há o tratamento farmacológico, com as classes de analgésicos e adjuvantes e o não farmacológico que incluí as terapias integrativas e complementares, como massagem, acupuntura, técnicas bioenergéticas, hipnose e a musicoterapia. Objetivo: relatar o caso do uso da intervenção musical e seu efeito no quadro de dor de uma criança com câncer. Metodologia: relato de caso único de um estudo realizado em uma unidade de oncopediatria, junto a uma criança com diagnóstico de Tumor Neuroectodérmico Primitivo em região torácica, sexo feminino de sete anos, com dor aguda secundária ao tratamento oncológico e procedimentos invasivos (toracectomia e punção venosa). No mês de abril de 2016 utilizando audição musical no manejo da dor. Resultados: A criança apresentou alterações nos sinais vitais com aumento e diminuição dos parâmetros vitais e diminuição da intensidade da dor durante e após o término da intervenção musical e os procedimentos terapêuticos interferiram em seu estado físico, mental e social. Observou-se diminuição da dor conforme as escalas de avaliação SPF-R e FLACC, que a escolha da música pela preferência da criança deve ser respeitada, pois proporciona um momento agradável. Conclusão: A ocorrência da dor na criança com câncer gera diversas manifestações negativas que influenciam em sua qualidade de vida e interfere nas rotinas e atividades diárias, por isso, se faz necessário uma avaliação criteriosa para que o manejo adequado. Concluiu-se que a audição musical pode ser utilizada como uma intervenção de cuidado em crianças com câncer e ser incluída aos cuidados e terapêuticas convencionais.