O Câncer é uma palavra utilizada para definir um conjunto de doenças ocasionadas por um crescimento anormal das células, os efeitos adversos são variáveis mas frequentes em pacientes sujeitos ao tratamento quimioterápico. Assim objetiva-se descrever a contribuição das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) na redução dos efeitos adversos dos quimioterápicos em pacientes oncológicos. Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), incluiu estudos que abordaram a temática publicados entre os anos de 2006 a 2017. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi aprovada a partir da Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006, tendo a ampliação de suas práticas com a Portaria de nº 849, aprovada em 27 de Março de 2017.Essa política abrange práticas de alta complexidade, baixa densidade tecnológica contribuindo com a promoção de saúde através da harmonia entre homem e natureza, estabelecendo uma integração humanescente para o desenvolvimento de terapêuticas que amplie o olhar diante do processo saúde doença compreendendo o ser diante de sua complexidade (BRASIL, 2006).Diante da importância do cuidado integrativo que propõem as PICS podemos ressaltar os cuidados oncológicos, tendo em vista a fragilidade emocional de seus pacientes, pelo próprio estigma da doença e por ser patologicamente multifatorial, além de tratamentos em sua maioria agressivos e com efeitos colaterais intensos. Neste sentido as PIC’s surgem como possibilidade para redução dos efeitos colaterais ocasionados principalmente pelos quimioterápicos, atuando junto ao paciente e familiares, respeitando sua singularidade, tendo como pilar o conceito ampliado de saúde e o princípio da integralidade. Pode-se concluir que as PICS podem contribuir efetivamente na redução dos efeitos adversos dos quimioterápicos uma vez que visualizam o ser humano como um ser complexo inserido em uma dimensão global, no que diz respeito aos processos de saúde/doença no seu sentido mais amplo. Além da sua utilização e dos seus resultados serem importantes para a promoção à saúde e para a socialização, entende-se que estas práticas priorizam a qualidade de vida, deixando de lado o aspecto exclusivamente técnico para estender-se também ao cuidado do equilíbrio emocional do indivíduo.