Esta pesquisa/ensaio tem como objetivo provocar uma reflexão entre a relação corpo/ cultura/natureza, desde nascimento o ser humano se movimenta e a cada dia aprimora-se mais com as experiências como saltar, correr, pular, etc. O movimento não pode ser resumido apenas em deslocamento, mas também como uma forma de expressar emoções, sentimentos e pensamentos. Através do movimento fazemos nosso primeiro contato com o mundo e mesmo depois de aprendermos a falar continuamos a usar o movimento como forma de expressão e comunicação, a partir do movimento expressamos sentimentos e emoções, seja em jogos, esportes, brincadeiras, ou assistindo a um filme, peça de teatro, etc. (GAYA, 2005). Quando crianças temos a necessidade instintiva de nos movimentar, quando crescemos somos colocados em papéis sociais e com isso o movimento tende a perder o instinto de expressão e a graça, devido á padrões criados pela própria sociedade. Assim a cultura corporal de movimento se constrói e reconstrói ao longo de nossas vidas e da história. A referente pesquisa será de natureza qualitativa utilizando o método dedutivo amparado por referências bibliográficas atreladas ao objeto pesquisado. Análises desenvolvidas até aqui apontam que o movimento cria sentido à vida, mais do que técnica e precisão é preciso sentido/sentimento em cada movimento, nessa premissa devemos lembrar que sem a diversidade não há a manutenção dos seres humanos como diz a teoria da exogamia (LÉVI-STRAUSS, 1976), o corpo possui história e ao longo da história o ser humano vem criando culturas de movimento, logo a cultura corporal de movimento é resultado de uma relação direta entre corpo, cultura e natureza, provocando ao longo do tempo mudanças tanto no organismo quanto no contexto em que se encontra, podendo provocar reflexões e estudos que venham a intervir na educação física, praticas, modo de ser e viver em diferentes realidades culturais , a partir dessa observação deve-se salientar que o movimento está diretamente ligado à cultura em que o sujeito está inserido, pois a cultura não é nunca particular, mas sempre pública (GEERTZ, 1989).