A intolerância à lactose ocorre quando há uma resposta adversa do organismo a alimentos
que contenham lactose, porém não há resposta imunológica envolvida. Essa resposta adversa se dá
pela incapacidade de absorção da lactose devido à deficiência da lactase, enzima que quebra a lactose
em glicose e galactose. A má absorção da lactose dar-se por três formas diferentes: a primária é
caracterizada pela diminuição da produção de lactase com o passar dos anos, em qualquer pessoa sem
idade específica. A secundária pode ser temporária, ocasionada pela morte das células intestinais,
ocorrendo geralmente quando se tem diarreia persistente comum no primeiro ano de vida. Na
congênita, a má absorção é permanente. É identificada por um erro genético raro, na qual a criança já
nasce sem a capacidade de produzir a enzima, afetando principalmente recém-nascidos prematuros.
Entre os principais sintomas apresentados pelos pacientes intolerantes à lactose estão flatulência,
inchaço, borborigmos e diarreia. O tratamento da intolerância à lactose deve ser instituído após dado o
diagnóstico, assim como de acordo com a deficiência do intolerante. A restrição parcial ou total
(temporária) da ingestão do leite e seus derivados são suficientes para controlar os sintomas causados.
A utilização de probióticos e prebióticos também é de grande importância no tratamento dos pacientes
com intolerância à lactose, uma vez que auxilia na redução dos sintomas e regulação da flora
intestinal. O estudo objetivou analisar a importância do uso de probióticos e prebióticos como
adjuvantes a terapia nutricional de pacientes com intolerância à lactose. A pesquisa é classificada
como bibliográfica ou revisão sistemática. A coleta dos dados foi realizada através da procura de
artigos científicos sobre o uso de probióticos e prebióticos associados ao tratamento nutricional de
pacientes intolerantes à lactose. Para a identificação dos artigos, realizou-se, em 2017, um
rastreamento nas bases eletrônicas PERIÓDICOS DA CAPES, MEDLINE e SCIELO, de todos os
estudos publicados no período de 2007 a 2017. Por fim, concluiu-se com o presente estudo que é
indispensável que o profissional nutricionista busque mais conhecimentos sobre a doença para que sua
atuação seja eficaz na intervenção e no acompanhamento das medidas dietoterápicas, garantindo o uso
de uma grande variedade de alimentos que possam trazer o aporte nutricional para suprir a necessidade
de vitaminas e minerais tendo em vista que a baixa ingestão de alimentos com lactose podem causar
algum tipo de deficiência nutricional, além do uso de probióticos e prebióticos a fim de diminuir os
sintomas e regular os mecanismos absortivos da flora intestinal, permitindo o nutricionista garantir a
segurança alimentar, a qualidade de vida e a saúde do paciente.