INTRODUÇÃO:Hanseníase é infecção granulomatosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Apresenta alta contagiosidade e baixa morbidade. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia, tornando o seu diagnóstico simples na maioria dos casos. Esta doença representa, ainda hoje, um grave problema de saúde pública no Brasil. A lepra, segundo descrições encontradas, é doença assinalada desde a mais remota antiguidade. Conhecida há mais de três ou quatro mil anos na Índia, China e Japão, já existia no Egito quatro mil e trezentos anos antes de Cristo. Os novos casos de hanseníase detectados nas Américas diminuíram 35,8% em uma década – de 52.662 em 2004 para 33.789 em 2014, de acordo com as últimas informações da OPAS/OMS. No entanto, nos últimos cinco anos, foram detectados novos casos da doença em 24 países nas Américas, embora 94% desses tenham sido localizados no Brasil.Apesar de a hanseníase estar presente em 24 dos 35 países da região, todos, com exceção do Brasil, eliminaram a doença como problema de saúde pública (menos de um caso por cada 10.000 habitantes) em nível nacional.O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial da hanseníase – atrás da Índia. Anualmente, são notificados cerca de 30 mil novos casos. Já Pernambuco ocupa o 9º lugar no Brasil em detecção geral e o 5º em detecção em menor de 15 anos. No ano de 2015, o Estado identificou 2.362 casos novos de hanseníase (88,7% do esperado) e 237 casos novos em menores de 15 anos (86,5% do esperado). O percentual de cura tem se mantido estável ao longo dos anos, com mais de 80% dos casos registrados em Pernambuco. Em 2012, foram 2.561 casos novos na detecção geral, com 82,3% de cura. E em 2013, o número de casos novos chegou a 2.604, com cura atingida de 81,2%. OBJETIVO: Analisar epidemiologicamente por meios de dados e bibliografia existente a atual realidade da hanseníase no país. MÉTODOS: uso de artigos do ano de 2010 até a atualidade por meio de plataformas como SciELO, PubMed. RESULTADOS: houve evidente avanço na diminuição dos casos com a política de prevenir ainda na infância e juventude. CONCLUSÃO: apesar das políticas adotadas os país precisa de medidas mais eficazes para combater a patologia e sua disseminação.