O câncer de mama é um tipo de câncer comum entre as mulheres, onde o tratamento mais utilizado para essa forma de câncer são a mastectomia e as cirurgias conservadoras. Independente da modalidade cirúrgica, é ocasionado um impacto considerável na vida das mulheres e de seus familiares. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática de literatura, através de um levantamento bibliográfico sobre a interferência da mastectomia na sexualidade das mulheres. A revisão da literatura foi realizada utilizando artigos científicos das bases de dados eletrônicas SCIENCE DIRECT, BVS e SCIELO durante o período de 01 a 20 de abril de 2017, através de uma combinação específica de palavras-chaves. Como critérios, optou-se por selecionar artigos no idioma inglês e português com delineamento bibliográfico e/ou experimental e com ano de publicação entre 2001-2016. O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama trazem consigo inúmeros sofrimentos e angústias para as mulheres, considerando que, além da preocupação com a doença em si devido aos estigmas e tabus que foram sendo criados no desenvolvimento da sociedade, há problemas no que diz respeito à questão da imagem corporal, que geralmente é modificada pelo tratamento, resultando numa baixa qualidade de vida psíquica. Após a mastectomia, as mulheres, na maioria das vezes, sentem-se mutiladas e deformadas, e com isso, tendem a se sentirem constrangidas ao ficarem nuas na frente do parceiro. Por isso, é comum a influência negativa na vida sexual, pois há uma diminuição significativa na libido, tendo em vista que as mesmas consideram que sua feminilidade foi afetada. Sendo assim, o tratamento do câncer de mama, principalmente a mastectomia, interfere na vida sexual das mulheres e de seus parceiros, sendo imprescindível um acompanhamento multiprofissional que identifique e intervencione nessas perturbações, para assim, proporcionar uma melhor qualidade de vida.