Introdução: A gestação é a fase da vida em que há variadas transformações tanto no corpo da mulher quanto na sua vida emocional; requer acompanhamento próximo e contínuo a fim de prevenir intercorrências clínico-obstétricas, como a rubéola congênita. O enfermeiro atua de forma direta nas campanhas de imunização da população e realiza busca ativa das mulheres em idade fértil para vacinação contra a rubéola, em uma ação que gere impacto nos números contaminação fetal pelo vírus. Objetivo: Analisar criticamente a atuação do enfermeiro na assistência à mulher na prevenção de rubéola congênita. Método: realizou-se revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas no período de março a abril de 2014. Utilizaram-se como descritores: “rubéola” AND “síndrome da rubéola congênita” AND “enfermeiro” AND “gravidez”. Foram incluídos artigos em formato completo e disponíveis gratuitamente. Foram excluídos os que não abordavam cuidado de enfermagem com a rubéola congênita. Resultados e discussão: A análise da literatura permitiu identificar que algumas doenças infecciosas, como a rubéola, podem modificar o curso natural da gestação; por esse motivo, suscitam assistência de enfermagem mesmo antes da fecundação. A rubéola é uma doença infecto-contagiosa cuja transmissão é interpessoal e a principal porta de entrada para o vírus é o trato respiratório alto. Também pode ser transmitida de forma vertical, e seu impacto no feto pode variar de acordo com a idade gestacional em que a mãe adquire a infecção. As consequências para o feto da contaminação pelo vírus resultam em defeitos estruturais, como a catarata e a má formação cardíaca, e funcional, como retardo mental, surdez, distúrbios psíquicos, entre outros. Apesar do Sistema Único de Saúde disponibilizar vacina contra a rubéola, há indícios de contra indicação na gestação, o que conduziu à análise da atuação do enfermeiro na prevenção da rubéola antes do período gestacional. Atuar na imunização das mulheres em período fértil contra a rubéola é uma ação de enfermagem que deve estar inserida na assistência ao pré-natal de baixo risco. Conclusão: Os estudos revelam que o enfermeiro atua na prevenção de agravos para a gestante e o feto durante o pré-natal. Contudo, percebe-se a necessidade de intervir na assistência à mulher em idade fértil na busca por imunização contra rubéola, a fim de evitar a rubéola congênita e todas as consequências diretas ao feto. Como profissional também responsável pela imunização da população, o enfermeiro pode atuar na busca ativa das mulheres em idade fértil na sua área de abrangência para acompanhamento, orientação e incentivo à vacinação contra a rubéola.