O câncer é uma doença originada a partir de alterações no genoma, que conduzem a uma proliferação desordenada de determinada população celular, com capacidade de disseminação e colonização de outros tecidos e órgãos. Dentre um variado espectro de cânceres existentes, o câncer de mama é um dos tipos de câncer que mais acomete mulheres, sendo necessária a utilização de variadas estratégias terapêuticas dependendo das características tumorais. O tratamento realizado nas pacientes, por vezes, propiciam o surgimento de danos cinético-funcionais que dificultam a realização de algumas atividades do cotidiano feminino. Nessa perspectiva, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão sistemática de literatura, através de um levantamento bibliográfico, sobre a influência da intervenção fisioterapêutica na qualidade de vida e na evolução clínico-funcional de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. A revisão da literatura foi realizada utilizando artigos científicos das bases de dados eletrônicas SCIELO e LILACS, sendo esta escolha justificada pelo fato de que nessas bases encontram-se um grande número de revistas indexadas da área de cancerologia e fisioterapia. A busca bibliográfica foi realizada no período 10 à 15 de abril de 2017, através de uma combinação específica de palavras-chaves. Como critérios, optou-se por selecionar artigos no idioma português e inglês, com delineamento descritivo e/ou experimental e com ano de publicação a partir de 2003. O procedimento cirúrgico gera lesões musculares e lesões de nervos do plexo braquial nas pacientes submetidas ao mesmo que propiciam dor, seroma, deiscência, aderência, retração e fibrose cicatricial, além de alterações sensoriais na área operada, hemorragias, diminuição ou perda total da amplitude articular e de movimento, dentre outros problemas. A radioterapia, por sua vez, promove o surgimento de complicações como fibrose mamária e axilar, restrição articular da cintura escapular e gleno-umeral, neuropatia, dentre outros. Já o tratamento quimioterápico conduz ao surgimento de sintomas como a fadiga, ataxia e neurotoxidade. Assim, o acompanhamento fisioterapêutico visa melhorar a amplitude de movimento dessas mulheres, para que as mesmas retomem a execução de atividades diárias, prejudicadas pelos danos supracitados. Desse modo, o fisioterapeuta contribui para a reabilitação das portadoras de câncer de mama, melhorando a qualidade de vida das mesmas.