O sobrepeso e a obesidade são fatores importantes de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) tais como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, representando um grave problema de Saúde Pública. A etiologia da obesidade é causada por diversos fatores, podendo ser de ordem genética, mas devendo-se principalmente ao sedentarismo e alimentação não equilibrada, originando um desequilíbrio no balanço energético. A Fitoterapia é uma ciência em notável crescimento e expansão, sendo favorecido pelo fato de haver aceitação pública para os produtos de origem “natural”. Os fitoterápicos, quando utilizados de forma correta, podem auxiliar o paciente a obter bons resultados, entretanto, devem ser vistos com responsabilidade, pois podem ser tóxicos se mal administrados. Deste modo, o presente estudo buscou discorrer sobre as plantas Cammelia sinensis (chá verde) e Hibiscus sabdariffa (hibisco), duas plantas comumente utilizadas com fins de auxilio na redução de medidas e peso corporal. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica utilizando como base de dados o Scielo, o PubMed e o Google Acadêmico, aplicando as seguintes descrições: Obesidade, Sobrepeso, Fitoterápicos, Plantas Medicinais. O uso do extrato de Hibiscus sabdariffa tem se mostrado como fator inibitório de obesidade e melhora a condição da esteatose hepática não alcoólica. Além disto, dados tem evidenciado que o consumo do chá reduz o peso corporal, o IMC, a gordura corporal e a relação cintura-quadril. O hibisco apresenta diversos compostos, a exemplo de compostos fenólicos, ácidos orgânicos, esteróides, terpenóides, polissacarídeos e alguns minerais, apresentando propriedades antioxidantes. Já a Cammelia sinensis (chá verde) é constituída pelos flavonoides que são abrangentemente caracterizados por suas propriedades antioxidantes. Outros componentes principais ativos desta planta são as catequinas, cafeína e especialmente epigalocatequina-3-galato. O consumo constante e em longo prazo do chá verde tem se mostrado benéfico contra diabetes tipo II e obesidade induzida por dietas ricas em gordura, além dos resultados satisfatórios na redução de peso corporal, adipogênese e hiperlipidemia e diminuição de resistência à insulina. É possível afirmar, portanto, que tanto o hibisco quanto o chá verde são dois recursos importantes no tratamento da obesidade e suas comorbidades, como a hipertensão, diabetes mellitus, resistência à insulina, esteatose hepática, entre outros. De modo que seus usos devem ser recomendados, inclusive para a comunidade científica. A fim de que profissionais da área da saúde possam orientar seus pacientes e acompanhá-los nos seus tratamentos com estas plantas medicinais de forma consciente e com respaldo científico.