Entende-se por epigenética um mecanismo associado a mudanças hereditárias na expressão do gene, que não envolvem alterações na sequência do DNA, são reversíveis e ainda podem ser herdadas entre gerações. A epigenética envolve mudanças, a partir de marcas no genoma que são copiadas de uma geração de células para a próxima. Essas marcas envolvem a metilação do DNA. Uma hipótese é que a alteração da marca epigenética é a forma como os efeitos ambientais, incluindo a nutrição, dieta e exercício, são recebidas e registradas pelo genoma. Os principais processos epigenéticos em células de mamífero são a metilação de carbono 5 de resíduos de citosina no nucleótidos CpG; modificações covalentes de histonas, tais como a metilação, acetilação, fosforilação, e ubiquitinação; e as atividades de pequenos RNAs interferentes.A promessa da epigenética nutricional é que ele vai ajudar a elucidar a forma como a nutrição podera manter um individuo saudavel e contribuir na prevenção de doenças, como diabetes mellitus tipo 2, obesidade, inflamação e distúrbios cognitivos através dos efeitos dos nutrientes sobre o epigenoma. Alterações epigenéticas tornaram-se mais significativamente associada com o gene-dieta e interações gene-ambiente, resultando em metabolismo alterado de lipídeos, inflamação e outros desequilíbrios metabólicos que levam a doenças cardiovasculares e obesidade. O atual conhecimento sobre as influências dietéticas no mecanismo epigenético é de expansão, e certamente é uma abordagem promissora para melhorar a saúde da população. Estudos com mecanismos epigenéticos e a influência da intervenção dietética em humanos ainda são escasso, sabe-se que o consumo de gordura acima das recomendações alteram as marcas epigenéticas e o aumento de doenças crônica não transmissíveis assim como o consumo de folato, abaixo das recomendações, pode levar ao silenciamento do gene MTHFR o qual desempenha um papel importante na nova síntese de purinas e pirimidinas, os quais são necessários durante a replicação e reparação de DNA.