Entre as doenças infectocontagiosas, a hanseníase é uma das principais causadoras de incapacidades físicas, além de ser responsável por estigma social e discriminação. Sua transmissão se dá a contato prolongado com gotículas nasais de portadores da doença que não estão em tratamento e sabe-se ainda que a vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) tem efeito protetor contra a doença reduzindo os índices de contaminação.Visto a relevância de tal patologia, seu impacto na sociedade e que o conhecimento da incidência de cada região é essencial para se gerar uma intensificação dos métodos de combate, vê se necessário abordar e discutir tal tema.Neste artigo iremos destacar e descrever a incidência de casos de Hanseníase no estado da Paraíba no ano de 2015. Este estudo trata-se de uma pesquisa documental, com abordagem quantitativa. Para isso foi feita uma busca de dados na plataforma online do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). No ano de 2015 foram notificados 525 novos casos de Hanseníase no estado da Paraíba, cuja população do referido ano foi de 3.972.202 habitantes. Possuindo uma taxa de incidência por 100.000 habitantes de 13,24, o que é considerado uma alta taxa de incidência. Dos 525 novos casos, 27 se apresentaram em menores de 15 anos, com a população de menores de 15 anos no então ano de 1.002.374, sendo assim a hanseníase apresentou uma incidência nessa faixa etária de 2,69 e uma incidência 16,76 na faixa etária envolvendo maiores de 15 anos. Quanto a classificação operacional, 58,7% dos novos casos eram multibacilar, ou seja mais de 5 lesões de pele. E a forma paucibacilar 42,3%, com menos de 5 lesões. Nota-se então a predominância da forma multibacilar. Dos 525 novos casos de 2015, 239 eram mulheres, representando 45,4% do casos e 286 homens totalizando 54,6%. Sendo então a predominância de casos do sexo masculino.