A presente pesquisa, do tipo transversal e quantitativo correlacional, insere-se dentro do campo de estudos em Saúde Mental e Trabalho, abordando o tema terceirização. Teve como objetivo analisar a relação entre o bem-estar no trabalho e a percepção de confiança na organização em empregados terceirizados que atuam em serviço de limpeza numa universidade pública. Participaram 94 sujeitos, equivalente a uma amostra de 62,7%. Foram aplicados os instrumentos: Inventário de Bem-Estar no Trabalho (IBET-13), Escala de Confiança do Empregado na Organização (ECEO) e uma Ficha Sociodemográfica. Foram efetuadas análises estatísticas descritivas (média, frequência, desvio-padrão, porcentagem) e correlacionais (rô de Spearman) e regressão linear múltipla. Os resultados indicam que o fator Reconhecimento Financeiro Organizacional se mostrou melhor preditor direto do Bem-estar no Trabalho, sendo tal predição compartilhada com o fator Promoção do Crescimento do Empregado, o qual exerce o papel de mediador perfeito nessa relação. Esses dois fatores, por terem se revelado como os mais fortes e capazes de promover confiança do empregado à organização, devem ser continuamente reforçados pela empresa terceirizada a fim de manter seus empregados envolvidos, comprometidos, e consequentemente, com melhores níveis de bem-estar. Espera-se que os resultados possam subsidiar a empresa contratante e os empregados terceirizados a encontrarem boas alternativas para fortalecer a confiança mútua e, consequentemente melhor qualidade de vida no trabalho, maior eficiência e produtividade organizacional. Os resultados podem ser utilizados como um diagnóstico e transformados num plano de ação para valorizar os pontos fortes de confiança considerados pelos trabalhadores como os mais necessários para o bem-estar no trabalho.