Introdução: O crescimento vertiginoso das doenças crônicas (DC) não transmissíveis como resultado da mudança no perfil epidemiológico, principalmente nos países em desenvolvimento, se deve a fatores como o aumento da expectativa de vida, a diminuição ou controle de doenças infecto-parasitárias e o aumento do poder socioeconômico. Entende-se como Qualidade de vida (QV) a quantificação do impacto da doença na vida diária e no bem-estar do paciente. No caso dos portadores de doenças crônicas (DC) refere-se a uma avaliação do próprio paciente, em relação aos seus aspectos funcionais diante das transformações ocorridas em função da sua enfermidade. Objetivo: Nessa perspectiva, objetivou-se analisar a associação entre o perfil sócio-econômico-cultural e os fatores de risco para as DC nos pacientes atendidos na Unidade de Saúde Básica do Ligeiro (UBS) – Campina Grande - PB.Metodologia: O estudo teve caráter exploratório, descritivo, com abordagem quali-quantitativa, realizado em maio de 2012. A amostra foi constituída por adesão voluntária, totalizando 37 pacientes. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética com parecer de nº 0036.0.4005.000-11. Resultados: Observou- se que 81% dos pacientes eram do sexo feminino; 24% eram pardos; 35% estavam na faixa etária de 41 a 60 anos de idade; 27% concluíram o 1º grau; 30% eram casados; 22% encontram-se aposentados e 54% tinha renda familiar de 1 a 3 salários mínimos; 35% faziam uso de 2 a 3 medicações; 65% apresentaram pressão arterial alterada; 76% possuíam glicemia >100dcg/ml; 68% tinham medidas de circunferência abdominal acima dos limites normais; apenas 22% apresentavam índice de massa corpórea normal e 35% não eram portadores de DC. Conclusão: Foi possível evidenciar, numa sondagem aleatória, que mais da metade dos indivíduos estudados apresentavam alterações sistêmicas que levam ao desenvolvimento das doenças crônicas clássicas, reduzindo e impactando na expectativa e qualidade de vida. Dessa forma, ficou clara a necessidade de estudos mais aprofundados, associados a uma avaliação multifatorial que venha a subsidiar um planejamento de estratégias de tratamento mais eficazes para a população.