A esquistossomose é uma doença parasitária presente no homem, causada pelo verme Schistossoma mansoni, podendo causar hepatomegalia, febre, náuseas, vômitos, entre outros sintomas. Classificada como uma doença tropical negligenciada (DTNs), ela afeta a maioria das pessoas que vivem em condições precárias de higiene e a magnitude de sua prevalência, associada à severidade das formas clínicas e a sua evolução, conferem a essa enfermidade uma grande relevância enquanto problema de saúde pública. Portanto, o Nordeste brasileiro apresenta condições ambientais e socioeconômicas que favorecem a instalação do verme e do caramujo transmissor, devido ao processo de urbanização, intimamente relacionada à intensa mobilidade da população que possibilitou a disseminação da esquistossomose mansônica para novas áreas, atingindo além das regiões rurais, os centros urbanos, os quais apresentam índices hiperendêmicos, particularmente nos Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento de dados epidemiológicos dessa enfermidade na Região Nordeste, no período entre os anos de 2010 e 2017, disponíveis no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) e na plataforma virtual do Ministério da Saúde. Observeu-se que taxa média de prevalência dessa doença é de 7% no período estudado. Também foi observada a taxa de positividade na população que foi submetida às notificações. Apesar dessa região ter diminuído o número de casos positivos nos últimos anos, salienta-se que houve uma queda no número de exames. Os indicadores epidemiológicos avaliados evidenciam que a esquistossomose continua fortemente presente nesta macrorregião, sendo importante manter e intensificar as intervenções de controle, com prioridades estratégicas focalizadas em localidades com elevadas prevalências.