A síndrome de burnout é um tipo de stress de caráter duradouro ligado às situações de trabalho, sendo resultante da constante e repetitiva pressão emocional associada à intensa ligação com indivíduos por longos períodos de tempo. O objetivo desta pesquisa é analisar as dimensões da síndrome de Burnout em professores universitários, relacionando-as com variáveis sociodemográficas, psicossociais, laborais e de saúde. Esta síndrome afeta negativamente o trabalhador, tal como o ambiente institucional, sendo descrita como uma desordem psicológica composta por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Realizou-se uma pesquisa quantitativa com cem professores universitários de quatro instituições públicas e privadas do município de Caicó-RN, os dados foram obtidos através de dois instrumentos auto aplicados: um com questões sociodemográficas, psicossociais, ocupacionais e aspectos relativos à saúde e outro baseado no Maslach Burnout Inventory Educators Survey (MBI-ES). Foram feitas análises univariada, bivariada (Teste qui quadrado) e um modelo de regressão logística. Observou-se que dos 100 indivíduos estudados, 50,5% eram do sexo feminino, a faixa etária dos docentes variou de 23 a 59 anos, possuíam média de 12 anos de experiência profissional, 80,4% tem a docência como ocupação principal, atendendo em média 37 alunos por dia, quanto às dimensões do Burnout, verifica-se que 1,0% dos docentes estão com alto nível de Despersonalização (DE), 10,0% com alta Exaustão Emocional (EE) e 69,0% com Baixa Realização Pessoal no trabalho (RP). Os resultados demonstraram a importância de considerar o Burnout como um problema de saúde possibilitando intervenções preventivas e elaboração de medidas de enfrentamento.