Objetivo: Revisar a literatura científica acerca da anemia ferropriva na gestação e a assistência de enfermagem a essa população, a fim de embasar teoricamente a prática dos enfermeiros da Atenção Básica de Saúde (ABS) na assistência à gestante com esse distúrbio. Revisão da Literatura: O referido estudo analisa a produção científica sobre as intervenções de enfermagem aplicadas na assistência à gestante com anemia ferropriva. Utilizou-se um processo de sistematização e análise dos resultados dirigidos à compreensão de um determinado problema de pesquisa, a partir de estudos independentes. Discussão: Atualmente a deficiência do mineral ferro é reconhecida como o mais comum estado de déficit humano. Das mulheres em idade fértil 10 a 30% podem apresentar sinais de deficiência de ferro, enquanto que durante o período gestacional este número sobe para 10 a 60%. Além de sua elevada magnitude, a anemia ferropriva/ferropênica possui marcante implicação no processo saúde-doença, interagindo com outras doenças carenciais e não-carenciais. A carência de ferro promove consequências negativas tanto para a gestante quanto para o feto, a saber, aborto espontâneo, partos prematuros, hemorragias durante o trabalho de parto, hipóxia, RN de baixo peso, anemia para o RN, baixa na imunidade. Essas condições diminuem a possibilidade de sobrevida dos recém-nascidos e aumentam as chances de sequelas mais graves do que crianças nascidas de mães sem deficiência de ferro Conclusão: As publicações analisadas possibilitaram o entendimento de que a anemia na gravidez configura o problema hematológico mais frequente da gestação. Definida como a presença no sangue periférico de níveis inferiores a 11g/dL de hemoglobina, a anemia tem, dentre as diversas causas etiológicas, a deficiência de ferro como sendo a mais prevalente.