Apesar da importância da saúde bucal na qualidade de vida do indivíduo, o acesso e utilização dos serviços odontológicos se distribui de forma desigual na população, sendo marcado por intensas desigualdades. Este estudo tem como objetivo apresentar os resultados preliminares da avaliação do acesso à Saúde Bucal e utilização dos serviços odontológicos em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família na cidade de Patos- PB. Está sendo realizada pesquisa quantitativa, descritiva, com corte transversal, de base populacional no município de Patos-PB. A técnica utilizada é a de observação direta intensiva por meio da agregação de formulários previamente validados e consolidados no formato digital no software AASSB. Estão sendo abordados aspectos relativos ao acesso às ações de Saúde Bucal e às variáveis independentes (socioeconômicas, demográficas, relato de dor nos últimos seis meses e autopercepção de saúde bucal). Foram entrevistados 64 indivíduos, dos quais, a maioria era do sexo feminino, na faixa etária entre 25 a 49 anos, com renda familiar de 1 salário mínimo e nível de escolaridade de 1º grau incompleto. Dos que utilizaram o serviço odontológico no período dos dois últimos anos, a maioria considerou o atendimento recebido como “bom” e “muito bom” e que as necessidades foram “satisfeitos”, “muito satisfeitos” ou “totalmente satisfeitos”. Dos que não utilizaram, a maioria afirmou não tê-lo feito por não existir necessidade. Sobre a autopercepção da saúde bucal, mais da metade responderam que a saúde bucal estava comprometida. Foram investigados se os indivíduos tiveram acesso a ações de promoção de saúde bucal e prevenção de doenças bucais, sendo verificado que a maioria já havia assistido a alguma palestra ou reunião em que fossem enfocados temas sobre saúde bucal e recebido kit de escovação dentária, algum material educativo, ou alguma atividade de aplicação tópica de flúor. No entanto, apenas 17,2% haviam recebido visita domiciliar da equipe de saúde bucal. Os resultados permitem inferir o quanto há por avançar na consolidação dos serviços de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família para que o alcance de tais práticas garanta um acesso universal e uma utilização consciente dos serviços odontológicos.