As categorias profissionais que atuam frente a segurança pública cada dia estão mais propicias a estigmas e preconceitos por parte da sociedade que não se sente mais segura diante as adversidades de inúmeros contextos territoriais. Não obstante, em muitos Estados se configurou uma guerra entre policiais e traficantes que não raras vezes resulta em mortes de pessoas aquém dos conflitos. Ainda, essa polícia é também um dos núcleos de segurança pública que mais sofre com tais conflitos, uma vez que estão a frente daquilo que por ventura é esquecido pelo Estado. Neste sentido, o presente estudo se refere aos resultados de uma pesquisa-intervenção, elaborados na forma de relato de experiência, realizado a partir do trabalho desenvolvido com policiais do 10º Batalhão de Polícia Militar e do CIOP (Centro Integrado de Operações Policiais) da cidade de Campina Grande – PB. A intervenção foi realizada a partir dos pressupostos metodológicos da Educação Popular em Saúde, que compreende a dimensão do cuidado como uma prática dialógica. Portanto, a metodologia utilizada para o processo de intervenção foi a Tenda do Conto, sendo esta pensada a partir das demandas encontradas nas visitas e diálogos previamente estabelecidos com o grupo participante. Assim, os objetivos foram sendo desenvolvidos ao longo do trabalho, elencando-se como objetivo principal identificar, através dos pressupostos da Educação Popular em Saúde, as demandas trazidas pelos Policiais Militares concernentes ao cuidado em saúde, procurando forcar na demanda mais presente nos discursos de todos, haja vista que neste caso elencamos a questão da identidade para além do ser policial como sendo o ponto em comum entre todos.