Devido à grande importância que a malha rodoviária representa para o transporte de bens e pessoas, busca-se por processos produtivos de pavimentação asfáltica mais eficientes e que reduzam os impactos destas atividades sobre o meio ambiente. A incorporação de aditivos oriundos de oleaginosas ao ligante asfáltico é um agente viável para a redução de temperaturas de usinagem e aplicação da massa asfáltica. Estudos acerca de parâmetros reológicos comprovaram a viabilidade da adição do óleo de soja ao ligante asfáltico, em seu estado novo e após reutilizações, visando promover um descarte ecológico para este resíduo. Este trabalho objetiva dar continuidade ao estudo da aplicação do óleo de soja novo e residual, avaliando sua influência em termos de adesividade na mistura asfáltica por meio dos ensaios cântabro e adesividade do agregado graúdo. Misturas que possuem má adesividade do ligante-agregado podem resultar numa camada de revestimento susceptível à desagregação e ao descolamento, gerando arrancamento por efeito do atrito pneu-pavimento, uma patologia comum nos revestimentos asfálticos. A avaliação foi feita pela comparação entre amostras de controle, com ligante puro, e misturas em adições de 1% e 2% de óleo de soja novo e residual, respectivamente. Os valores de degaste obtidos pelo ensaio cântabro foram menores para as misturas asfálticas modificadas pelos óleos. Não houve diferença significativa entre os desgates para misturas em adição de óleo novo e residual, confirmando a utilização ecológica do resíduo. Quanto ao ensaio de adesividade, espera-se que o óleo de soja aja como um promotor de adesividade na interface ligante-agregado.