A escola vive atualmente momentos de grandes embates e questões a serem resolvidas urgentemente. A violência surge no contexto escolar assumindo diversas facetas, muitas delas veladas que chegam a assumir um caráter quase inocente. Dessa maneira, enxergar as relações estabelecidas dentro da escola e desvelar o caráter de cada uma delas, faz-se necessário para que a violência – no seu âmbito mais abrangente – seja evidenciada, para que possibilitemos reflexões que levem a condição humana ser respeitada.No chão da escola, respeitar a subjetividade de cada ser humano individual, faz-se um problema urgente, pois ao percebermos as relações de poder que se estabelecem neste espaço, damos lugar, criamos estratégias para que se verifique o poder de uns sobre os outros ou proporcionemos relações horizontais de convivência onde a identidade de cada indivíduo possa ser estabelecida por ele mesmo e não determinada por outros.É sob esta perspectiva que o uso dos apelidos no cotidiano escolar assume seu caráter violento. Ao dizermos ao outro quem ele é ou o que parece ser, determinamos sua identidade, reduzimos a possibilidade de ser e estar no mundo do outro que está à nossa frente, considerando apenas nossos pontos de vista e nossa maneira de também ser e estar no mundo, desconsiderando a pluralidade inerente à vida humana.