Este trabalho trata da formação acadêmica do professor com vistas a entender e questionar de que forma as teorias que fundamentam a educação são possíveis de serem aplicadas quando esse profissional efetivamente atua em sala de aula. O tema do aluno real versus o aluno ideal é levantado com a finalidade de tentar entender as questões relacionadas à formação do professor e à inclusão escolar. Parte-se do princípio de que a epistemologia da educação sozinha não dá conta de reverter os quadros de exclusão escolar decorrentes da não adequação dos diversos sujeitos cognoscentes que frequentam as escolas brasileiras ao processo de ensino-aprendizagem tradicionalmente priorizado por elas. Por isso, defende-se a ideia de que é fundamental para o professor a formação de massa crítica, com vistas à produção de conhecimento, alicerçada na relação dialógica que acontece entre teorias, prática pedagógica e professores. Procura-se discutir a que perspectivas teóricas o professor está vinculado e quais as consequências disso para a inclusão. Não foram tratadas as teorias científicas que formam a epistemologia da educação, mas, sim, a forma como o professor lida com esse conhecimento, de forma que o profissional da educação seja um produtor de conhecimento e não um sujeito que somente reproduz os conceitos teóricos aprendidos durante a sua formação. O trabalho pretende provocar a reflexão sobre a formação do profissional do magistério voltada para a inclusão escolar e, consequentemente, a inclusão social, entendida de acordo com a perspectiva de formação do sujeito que experiência a cidadania de forma crítica e solidária.