A presente pesquisa resultou de nossa pesquisa PIBIC/UFPE/CNPq, concluída no ano de 2015 e teve como problemática e questão norteadora investigar “O papel das escolas e dos profissionais que nela trabalham no favorecimento da construção de processos de resiliência de adolescentes, sob o ponto de vista dos alunos e dos profissionais”. Para este fim, utilizamos questionários. Nossos objetivos foram investigar a percepção dos profissionais em relação a como o ambiente escolar pode fortalecer a resiliência dos alunos adolescentes, conhecer a percepção dos mesmos sobre o ambiente escolar e relações interpessoais em seu interior, além de realizar uma análise comparativa dos dados obtidos. As três (alunos, professores e equipe escolar) esferas pesquisadas, consideraram ser necessário posturas mais humanas para o fortalecimento da relação interpessoal, pois instiga a formação de laços afetivos e de valores e princípios, tais como: a confiança e o respeito, sem descartar o aparato técnico. Para os professores, é fundamental proporcionar um ambiente escolar mais rico e estimulante, além de priorizar uma pedagogia “afetiva”, materializada em elogios e diálogos, ouvindo seus anseios e dificuldades, “acordando-os”. Em um percentual maior que o dos professores, 80% da equipe escolar afirmaram que os alunos “sempre” podem contar com eles e 90% disse que os alunos “quase sempre” ou “sempre”, devem se sentir seguros no espaço acadêmico. Infelizmente não encontramos, na percepção da maioria dos alunos, um sentimento de confiança, segurança, carinho e de acolhimento por parte dos profissionais que trabalham nas escolas, apesar destes terem destacado a importância disto ocorrer, de terem citado várias estratégias para viabilizá-lo e de terem uma visão diferente, muito mais otimista por sinal, de
como as relações interpessoais em seus espaços vêm se construindo. Talvez falte disponibilidade sincera para escutar o que nem sempre é dito, para enxergar o que nem sempre aparece e para, humildemente, entender que estamos e estaremos sempre nos metamorfoseando, nos adaptando em prol da melhoria da qualidade de vida da coletividade. Neste sentido, é possível que haja uma distância razoável entre a teoria e a prática, mas como toda grande caminhada se inicia com um primeiro e decisivo passo, esperamos que estas instituições repensem a cultura da escola como o todo, pois quando trabalhamos em harmonia e pensando na formação humana do SER, o resultado é muito mais consistente e permite suportar e superar as adversidades advindas do meio escolar e da vida como um todo, fortalecendo a resiliência de alunos, que tanto ensinam.