Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de analisar o processo de fechamento da escola do campo Marcolino de Freitas Barros, no município de Sumé-PB, a partir do que estabelece a lei 12.960 de março de 2014 - que dispõe sobre o fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas – com ênfase no movimento de resistência das mães e dos pais das crianças que lutaram pela reabertura da escola. Teoricamente este estudo vincula-se aos estudos Pós-coloniais Latino-Americanos, que nos permite compreender como opera o poder hegemônico na produção e legitimação dos saberes, e através destas lentes teóricas, analisar os movimentos de resistência dos povos do campo como movimento de Decolonialidade. Utilizou-se abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos técnicos de coleta de dados adotou-se o estudo de caso e a pesquisa bibliográfica. Ao utilizar estas técnicas, possibilitou-se dar vez e voz aos sujeitos envolvidos diretamente com o objeto de pesquisa, por compreender que eles próprios são sujeitos produtores de conhecimentos que precisam ser valorizados e evidenciados nos estudos acadêmicos, principalmente na luta pela educação do campo e suas especificidades, já que é um movimento que tem como protagonistas principais os próprios povos do campo. O processo de luta pela reabertura da escola constitui-se como importante fundamento didático-pedagógico tanto para os sujeitos das comunidades rurais que participaram do processo de luta pela permanência da escola, quanto para afirmação identitária da educação do campo. Os sujeitos demonstraram que é possível reagir à opressão, sendo este um fundamento precípuo da educação do campo.