O presente trabalho teve por objetivo avaliar o conhecimento etnofarmacológico da comunidade acadêmica do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco, delineando as principais fontes desse conhecimento e a listagem das principais espécies vegetais utilizadas pela comunidade e comercializadas pelos raizeiros da Feira de Ervas do Município de Caruaru. A metodologia consistiu na aplicação de questionários com os alunos dos cursos do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. Foi constatado que 78,8% dos entrevistados têm algum tipo de conhecimento sobre plantas medicinais e suas aplicações no tratamento de diversas patologias. Os conhecimentos em sua grande maioria provem ou é adquirido de forma hereditária com os Avós (31%) ou com os pais (56%). O chá (57%) é a forma mais utilizada dessas plantas, pois essa é a forma mais simples de preparo. O estresse/insônia foram as principais citações para consumo dessas espécies seguidas por inflamações e gripe, embora as plantas mais comercializadas pelos raizeiros possuam atividade anti-inflatória descrita na literatura. É importante ressaltar que uso indiscriminado de espécies vegetais pode acarretar riscos para os consumidores desses extratos, e que a convergência dos relatos etnofarmacológicos com o estudo farmacológico contribuem de forma significativa para o bom uso das plantas medicinais.