A educação é o fundamento da formação humana. Por se dar no meio social, precisa, necessariamente, acontecer de maneira democrática, a fim de não lesar a nenhum dos envolvidos no processo formativo. É por meio da participação e da vigência do que é estatuído pela vontade geral que passa a existir um autêntico elo entre o sujeito que participa e o meio que proporciona o fazer-acontecer. Objetiva-se pesquisar, à luz da filosofia rousseauniana, de que forma acontece a gestão participativa em diferentes centros educacionais do município de Corrente – PI, bem como verificar se a comunidade escolar realmente é convidada a participar das tomadas de decisões pedagógicas e administrativas. Realizou-se uma pesquisa descritiva, envolvendo três escolas do município de Corrente, localizado no extremo Sul do Piauí. Buscou-se descobrir se realmente existe democracia, no que diz respeito às decisões tomadas no âmbito escolar, através de um levantamento junto aos discentes, docentes e pais. A pesquisa com os discentes revelou que a ampla maioria, ocasionalmente, sente-se convidada à participação na tomada de decisões. Os pais responderam que o diretor demonstra agir com ética e transparência, porém, acerca da participação no conselho escolar e associação de pais e mestres, na escola Coronel Justino Cavalcante (CJC), a maioria respondeu não ser informada. Dentre os três centros educacionais pesquisados, no que tange ao segmento discente, conclui-se que embora o discurso da existência de uma gestão democrática seja latente e atual, efetivamente, não tem se consolidado enquanto prática entre os gestores. Abrir-se para aceitar o que outrem opine, proponha e sugira constitui-se tarefa quase inalcançável para muitos gestores. Pode-se observar as visões antagônicas no que diz respeito as concepções que cada segmento possui em relação à condução do processo educacional, na perspectiva dos docentes em relação ao gestor, verifica-se que, a expressiva maioria o concebe como democrático, enquanto os estudantes não.