A relação homem-fauna silvestre adentra numa revolução histórico-cultural com impactos catastróficos muitas vezes irreversíveis para os ecossistemas existentes na Terra. O ambiente escolar, base da educação formal, deve oportunizar aos alunos um despertar para preservação dessa fauna, assim como dos ecossistemas. É dessa forma que despertamos para os anseios da Caatinga, bioma único e com graves problemas socioculturais acerca da caça ilegal e o tráfico de animais silvestres. Sendo assim, esta pesquisa buscará realizar práticas didáticas sobre a fauna silvestre por meio de abordagens de Biologia da Conservação e de Educação Ambiental, ministradas aos alunos de uma escola pública estadual do município de Picuí-PB. Para isso, procurou-se trabalhar com ciclos de aulas expositivo-dialógicas e práticas em campo, abordando as características e importâncias da fauna silvestre local, englobando temas transversais como Meio Ambiente e Sistemas de Conservação da Vida Selvagem, a fim de perceber como o aluno concebe essa teoria/prática em sua relação com o ambiente. Essa pesquisa foi de natureza quantitativa e qualitativa, culminando numa triangulação dos dados entre as aulas expositivas ministradas e uma análise das visitas a campo, oferecidas aos alunos. A utilização de metodologias e práticas pedagógicas que visem superar a tradicional educação teorizada tende a desenvolver o verdadeiro propósito do aprender, formando cidadãos críticos e conscientes. Foi destacada também a inclusão da educação ambiental e biologia da conservação como ferramentas do currículo escolar, extremamente necessárias diante das diversas dificuldades enfrentadas no ensino de ciências e biologia.