O presente artigo apresenta um ensaio crítico sobre a importância da Teoria do Discurso para análise de políticas para a Educação do Campo a partir da corrente teórica pós-estruturalista. Esta pesquisa de cunho bibliográfico, nasce a partir do Estado do Conhecimento realizado na ANPEd, ao constatarmos que as análises em Políticas Educacionais para a Educação do Campo, em seu contexto micro e macro, são escassas nestes espaços de propagação de pesquisas ocupando o lugar das ausências. No entanto, apresentamos ao longo do texto o pós-estruturalismo como uma teoria analítica para as Políticas Públicas de Educação do Campo, esta teoria que não se constitui como um movimento ou como um conjunto de fundamentos epistemológicos que buscam identificar estruturas universais. Para tanto, realizamos uma pesquisa documental e bibliográfica, nos baseando principalmente nos estudos de Rodrigues e Mendonça (2008), Lopes (2013), Cunha (2013), entre outros autores, destacando que as políticas para a educação do Campo são consideradas neste texto enquanto discurso, o que nos direciona e nos propõe fazer uma reflexão sobre a linguagem, o sujeito e a história. Por fim, situamos o pós-estruturalismo na perspectiva de Laclau (1993) e abordamos sua crítica ao marxismo para compreendermos a importância de analisar políticas no contexto microssocial e macrossocial a partir da Teoria do Discurso, apontando o pós-estruturalismo como uma teoria que possibilita uma análise mais refinada e pertinente dos múltiplos antagonismos sociais possíveis considerando a infinidade de identidades existentes no social.